sábado, 18 de janeiro de 2014

COMO A ATITUDE PASSIVA DESTRÓI UM CASAMENTO


A personalidade passiva também se manifesta dentro dos casamentos. Apesar de hoje em dia cada vez mais as pessoas pensarem 2 vezes antes de casarem e cada vez mais as pessoas não pensarem duas vezes antes de pedir divórcio; culpar a instituição casamento pelo fracasso do casal não é justo. Eu jamais fui casado e confesso que boa parte meu desejo de não chegar as "vias de fato" tinha relação com o índice de satisfação estampado na cara e na alma das pessoas envolvidas neste "empreendimento"... todavia uma característica em comum sempre me chamou a atenção: Se tinha muito ânimo até a execução do casamento e depois que a coisa estava feita... A grande maioria permitiam que aquilo virasse uma rotina e passivamente assistia o enlace matrimonial ir para o ralo abaixo sem fazer algum esforço.

Eu já comentei várias vezes que uma personalidade passiva é capaz de destruir qualquer relacionamento humano. Nós seres humanos detestamos gente passiva. Um dia na escola um professor disse me que nem os feios gostavam de gente feia. Devo dizer hoje em dia que nem as pessoas passivas toleram gente passiva. Elas por exemplo elegem o candidato mais simpático; gostam de seguir os líderes e só conseguem admirar os patrões mais dedicados. Num casamento não seria diferente.

Vamos esmiuçar com mais atenção esta dinâmica patética e perversa dos casamentos atuais:

- Hoje todos precisam trabalhar. Marido para um lado e esposa para o outro. O encontrar-se a noite acaba sendo apenas uma oportunidade para falar do que aconteceu durante o dia ou algo fora deste script ( Algo quebrado na casa ... Um parente  que está vindo... Fulano que morreu... Onde vamos jantar.) 

- O casamento é como um navio. Se não tem um rumo; fica a deriva! Eu arrisco dizer que 9 entre 10 casamentos hoje estão a deriva. Hoje para sorte da humanidade os casais estão desejando casa vez menos filhos. 1 é o suficiente. E ai se observa algo bastante interessante: A vida moderna vendeu a ideia da praticidade. A vida precisa ser tão prática quando a lavadoura de roupas; O forno de microondas; a TV moderníssima e assim por diante. Os envolvidos no dito casamento pensam: Se tudo ao meu redor é fácil; simples e prático porque este tal de casamento em que me envolvi não pode ser?! 

- Ninguém suporta a ideia de viver algo que não SEMPRE é agradável; que nem SEMPRE é fácil; e pior: Que pode terminar em se perder metade do que se conquistou. 

          De um lado em suma o casamento continua existindo. Porem cada vez menos existem as condições necessárias para que ele sobreviva: As pessoas ainda querem casar porque ficar só ainda é visto como um flagelo pela sociedade mas ao mesmo tempo meter-se na "camisa de força" do casamento também é um flagelo asfixiante e insuportável...
         Qual a solução?  Voltar no tempo. Voltar ao tempo em que as pessoas exigiam menos. Consumiam menos. E tinham mais paciência umas com as outras. Ao sinal do primeiro desentendimento por causa da cor da parede da sala ninguém fazia ameaças de término do casamento. Os dois buscavam soluções a dois ao invés de se entrincheirar em lados diferentes e começarem uma batalha.  A questão é voltar no tempo e voltar a este tempo. Pouco provável.
         Onde fica a personalidade passiva dentro deste quadro? Ela mora no cinismo de muita gente que por falta de coragem pra discutir e achar soluções para os problemas cotidianos de um casamento; prefere ficar quietinho assistindo a situação piorar casa vez mais para depois dizer: "Olha o amor acabou... é hora de acabar este casamento também!".


TEM UM PROBLEMA OU DÚVIDA? QUER FALAR COMIGO? SERÁ UM APRENDER AJUDA-LO NA MEDIDA DO POSSÍVEL: claudiomaximusbc@gmail.com

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